terça-feira, 19 de junho de 2007

Nova etapa

Não há muito tempo: depois de Guernica passei uns dias em Bilbao. Bilbao é, bem, uma cidade normal, pense uma São Paulo (i) com menos gente; (ii) com uma seqüência de prefeitos minimamente decentes; e (iii) na qual nenhum gênio do urbanismo tenha tido a idéia de cimentar o rio que passa no centro. Sério, nada de mais, nada que justifique a moda.

Bom, tem o Guggenheim. O Guggenheim fica num prédio, literalmente, espetacular. Um cachorrinho de 4m feito de flores, esculturas de águas pulantes e de vapor e uma aranha artisticamente chamada de 'mãe' ornamentam um edifício todo de metal e vidro retorcido, com um bom resultado. Mas entrar nele é um desperdício de 6 euros. Se quiser muito gastar essa grana, compre uma camiseta do museu.

Sério, só uma arte pretensiosa da qual o mais interessante que se tem pra comentar (e sobre o que os audioguias se estendem por horas) são os materiais usados pelos artistas. Inclusive o audioguia pra criança pareceu mais inteligente que o dos adultos, falando pra você entrar nas esculturas e sentir o seu corpo, ou seja, o Guggenheim Bilbao apresenta uma experiência muito semelhante ao Brinquedão do Parque da Mônica.

Valeu pelo entorno, do qual comento quando puder.

Desde então, voltei pra Barcelona, onde tirei dois dias de férias da viagem na casa do Danilo, onde a mãe e a avó dele me trataram como se eu fosse um refugiado da Somália, na época em que se faziam piadinhas de salão - aquelas que não são imorais e não arriscam ofender ninguém - sobre os famintos da Somália.

Pegamos um avião, estamos em Sevilha e temos flamenco em meia hora. Por isso, fica pra depois.

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