quarta-feira, 6 de junho de 2007

5 Coisas pra não perder na Galiza

1) Verificar que os peregrinos devotos imortalizados em estátuas existem e são inclusive points turísticos em si, atraem gente que vai falar com eles e etc.

2) Conhecer uma família distribuída por 3 dos quatro distritos da região, e que te acolhe como se você fosse um amigo antigo e te mostra todos os sites turísticos. Na foto, Ruth Balbís e eu apertando a voluptuosa escultura de um outro Botero (sério!) e ao fundo a Torre de Hércules, com vestígios até do século II.
3) Notar em ação o Efeito Barcelona, da Espanha nova brotando por dentro da Espanha de Franco, inclusive numa mesa de bar pós-espetáculo de dança. A história começa classicamente: um respeitável sujeito de meia idade senta-se, descobre que tem brasileiros na mesa e começa a contar como le gustan as chicas brasileñas, que ele mora aqui metade do ano e que é famoso entre as chicas por estar sempre com uma ou mais diferentes, e elas até riem dele no bar. Mas a tensão da nova Espanha aparece quando o nosso señor é contestado por (i) uma mulher e (ii) um imigrante negro - o Cássio -, que lhe dizem que isso não é coisa que se diga em público e que estão ofendidos por um lado e enojados por outro; e aí nosso companheiro fica tentando se explicar e dizendo que respeita muito las chicas e inclusive paga pensão pro filho que tem com uma delas. E termina largado na mesa, todos meio com vergonha de continuar falando com aquele cara. Nas fotos, a nova biblioteca de Santiago de Compostela e a restauração da praça María Pita na Coruña.



4) Presenciar a defesa do galego nas paredes, contra uma população urbana não tão entusiasta que te corrige quando você pergunta pela Rúa do Príncipe: 'Queres decir La Calle Príncipe?. Parece que o galego ainda é considerado coisa de caipira.





















5) Só sair de lá depois de ir na praia da borda do mundo, e ir pra Barcelona encontrar um amigo, e então descobrir que o verão começou e o clima é outro. (Aliás, os peregrinos têm o costume de ir até a borda do mundo, Finisterre, e queimar - até por razones practicas - suas roupas de peregrinagem. O hábito é repetido por todos, porém segue o diálogo com um peregrino alemão de 35 anos que conhece o mundo: 'Você vai até Finisterre queimar suas roupas?'; 'Putz, cara, eu já mudei de vida várias vezes e nunca precisei queimar nada pra isso.')


Eu e o Gui após a primeira não-noite de BCN.

2 comentários:

Julia disse...

Gege, to adorando o blog, to morrendo de saudade da minha viagem... É o Guilherme Oranges nessa foto? Diga a ele que mandei um beijo (conheço do PNA)

Beijão pra vc

urahdal disse...

Para Rut Balbís: Hoy hemos ido a verte actuar, pásate por http://vidasparalelas.blogspot.com

Gracias, un saludo.

urahdal